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[DVD] Filme: Limite - Mario Peixoto - 1931

Título: Limite
Gênero: Drama
Lançamento: 1931
País: Brasil
Duração: 120 min
Direção, Roteiro e Produção: Mário Peixoto
Música : Brutus Pedreira
Fotografia: Edgar Brasil
Camera: Ruy Santos
Elenco: Olga Breno, Taciana Rey, Carmen Santos, Raul Schnoor, Brutus Pedreira, Mário Peixoto, Edgar Brazil







INFO:
Limite, filmado em 1930 e exibido pela primeira vez em 1931, tornou -se ao longo dos anos um filme cult lendário. Foi votado várias vezes como o melhor filme brasileiro já realizado e pode ser considerado a primeira e única referência para filmes brasileiros experimentais (apesar da problemática do termo) do cinema mudo.
As linhas visuais, focalizadas pelas câmeras, desdobrando-se em direção a espaços abertos, às vezes formando espaços limitados como triângulos ou cruzes, portanto, servem como uma ligação, um fio que conecta diferentes flashes do passado, bem como indica suas limitações, proporcionando ao filme uma estrutura muito geométrica,contrabalançada por detalhes em movimento e o movimento da própria câmera.
Limite pode ser visto no limite histórico entre o cinema mudo e falado, um filme com uma certa ambição de resumir muitas das possibilidades estéticas e técnicas desenvolvidas nos anos 10 e 20.
Limite deve ser visto como um esforço para explorar as possibilidades visuais, as técnicas experimentais e as variações rítmicas do medium fílmico no contexto de uma afirmação às vezes melancólica, outras um tanto agressiva sobre a limitação e a futilidade da existência humana. E, temos que lembrar das limitações técnicas de um filme realizado sem a estrutura de um backup profissional, um empreendimento solitário, financiado pelo próprio Mário.
Quanto à trilha sonora, o plano original de acompanhar as imagens com sons naturais como vento, o sussurro de folhas e a quebra das ondas foi abandonado devido a dificuldades técnicas e substituído por uma trilha em discos, escolhida cuidadosamente por Brutus Pedreira, o ator que faz o papel de um pianista no filme e era de fato músico. Os temas selecionados – entre outros, de Satie, Debussy, Borodin, Stravinsky, Prokofiev e César Franck – foram então, nos screenings de Limite, sintonizados através de dois toca-discos, freqüentemente operados pelos próprios Mário e Brutus. No entanto, pode-se compreender a relação entre imagem e som como uma concepção elaborada, freqüentemente contrapondo os dois numa discrepância rítmica intencional, onde som e imagem divergem para abrir uma outra dimensão temporal e de ressonância entre a cena atual e um espaço mais amplo e contingente além das limitações impostas pela visão “enquadrada” e da seqüencialidade do próprio medium fílmico.
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