Gênero: Chanchada / Comédia / Musical
Lançamento: 1949
País: Brasil
Duração: 97 min
Direção: Watson Macedo
Roteiro: Anselmo Duarte
Elenco: Anselmo Duarte, Eliana Macedo, Grande Otelo, Oscarito, Modesto De Souza, Adelaide Chiozzo, Rocyr Silveira, Jece Valadão, Wilson Grey, José Lewgoy...
DVD - P&B
INFO:
A estória é sobre criminosos estrangeiros que vem ao Rio de Janeiro cometer crimes contra outros turistas. Não esperavam é que os funcionários do hotel em que se hospedam arrumem tantas confusões para o seu lado. Este filme é importante para a história do Cinema Brasileiro e marca uma novidade para a década entrante (50). Parceria histórica de Oscarito e Grande Otelo. Tematiza o carnaval, criminosidade, confusão e musicalidade do carnaval. Contém cenas de apresentações musicais, mas a estória de Anselmo Duarte não sucumbe ante a musicalidade.
Extraído de VHS. A/V: Boa.
"... O Watson queria que eu fizesse com ele o Carnaval no Fogo. Disse que ia ser rápido, divertido. E eu dizendo que não, que Deus me livre, não era cantor nem comediante, mas o Watson insistiu tanto que eu impus uma condição para topar - disse que só se eu pudesse escrever a história.
Foi o que ocorreu. Vão dizer que é megalomania minha, mas fui quem inventou o formato das chanchadas que se tornou popular nos anos 50. Coloquei no roteiro tudo que eu sentia falta nos filmes carnavalescos. Eles tinha só música e humor, acrescentei suspense, romance e um pouco de consciência social. O watson leu o roteiro e disse que ia ser o pior musical da história..."
"... Quem vê hoje Carnaval no Fogo não imagina tudo que ocorreu durante a filmagem. Eliana, sobrinha do diretor, era uma mulher encantadora, mas tambem triste. Tive casos com muitas companheiras de elenco, mas com a Eliana a relação era fraternal. Ela era a minha irmãnzinha. Eliana não queria ser atriz. Entrou para o cinema pra se distrair, quando ocorreu uma tragédia em sua vida. Estava para se casar, quando o noivo foi baleado e morreu. Preocupado com sua sobrinha favorita, que parecia que ia morrer de amor, o Watson fez dela uma estrela..."
" Na véspera da rodagem da célebre cena em que Oscarito e Grande Otelo parodiam Romeu e Julieta, a mulher do Otelo matou o enteado dele e, em seguida, cometeu suicídio. A tragédia familiar repercutiu como uma bomba no estúdio. O Grande Otelo chegou bêbado para a filmagem. Apesar da dor e do sofrimento, Oscarito e ele fizeram a cena daquele jeito e ela virou um dos pontos altos do humor dos dois. Oscarito e Grande Otelo eram gênios"
Anselmo Duarte comentando o filme
no livro O Homem da Palma de Ouro