Título: O SeminaristaGênero: Drama Literário
Lançamento: 1976
Direção: Geraldo Santos Pereira
Produção: LynxFilm, Vila Rica Cinematográfica e Embrafilme
Elenco: Louise Cardoso, Eduardo Machado, Raul Cortez, Liana Duval, Ida Gomes, Urbano Lóes, Lídia Mattos, Nildo Parente, Fernando Reski, Xandó Batista
Adaptação da obra homônima de Bernardo Guimarães.
INFO:
O Filme "O Seminarista" é uma adaptação do romance homônimo de Bernardo Guimarães públicado em 1872, que analisa e critica o celibato clerical, um grande problema religioso. A obra é caracterizada como romance de tese, nela Bernardo Guimarães analisa e critica a imposição da vocação religiosa e o autoritarismo familiar. Tem uma função moralizadora que denuncia os aspectos negativos da sociedade e induz os leitores a refutar os padrões estabelecidos.
Um fato interessante é que em 1971, houve uma campanha de difamação e crítica da religião, conhecida como "Questão Religiosa" que ocorreu após um padre ser suspenso da ordem por ser Maçon. O fato ocorrido um ano antes do lançamento do livro, tomou grandes proporções entre o meio acadêmico e artístico e influêncio o autor.
O Romance é ambientado no interior de Minas Gerais, e o filme retrata com fidelidade as belezas deste estado tão rico em histórias, e o drama vivido pelo jovem apaixonado querendo seguir seu coração.
1978 - Troféu APCA - melhor filme e melhor figurino.
Sobre Bernardo Guimarães...
Bernardo Joaquim da Silva Guimarães, mineiro de Ouro Preto, magistrado, jornalista, professor, romancista e poeta, viveu entre 1825 e 1884. É o patrono da Cadeira nº 5 da "Academia Brasileira de Letras", por escolha de Raimundo Correia. Foi amigo íntimo e inseparável de Álvares de Azevedo, enquanto os dois curssavam Direito em São Paulo. E juntos Bernardo Guimarães, Álvares de Azevedo e Aureliano Lessa, e alguns outros estudantes fundaram a "Sociedade Epicuréia". Distinguiam -o dos outros alunos pela sua indisciplina, pelas alternativas de bom humor e melancolia, pelo coração bondoso e completa generosidade, pelas orgias e irreverência.Foi nessa época em que Bernardo Guimarães teria introduzido no Brasil o bestialógico (ou pantagruélico), que se tratava de poesia cujos versos não tinham nenhum sentido, embora bem metrificados. A maioria dessa poesia não foi publicada porque era considerada pornográfica, e se perdeu.
Sua obra mais conhecida é A Escrava Isaura, publicado em 1875. O romance da Escrava branca ja foi feito novela duas vezes, em 1976 pela Rede Globo e em 2004 pela Rede Record, tendo as duas verssões alcançado grande sucesso de público.
O Seminarista, publicado em 1872 é o mais bem aceito pela crítica, que considera atual a crítica ao celibato dos padres.
Duas das poesias mais conhecidas são consideradas pornográficas, embora não sejam do período bestialógico. Trata-se do O Elixir do Pajé e A Origem do Mênstruo. Ambas foram publicadas clandestinamente em 1875.
Obras Publicadas:
1852 - Cantos da Solidão
1985 - Inspirações da Tarde
1858 - O Ermitão de Muquém
1860 - A Voz do Pajé
1865 - Poesias Diversas
1865 - Evocações
1865 - Poesias
1871 - Lendas e Romances
1872 - O Garimpeiro
1872 - História e Tradições da Província de Minas Gerais
1872 - O Seminarista
1872 - O Índio Afonso
1875 - A Escrava Isaura
1876 - Novas Poesias
1877 - Maurício ou Os Paulistas em São João del-Rei
1879 - A Ilha Maldita ou A Filha das Ondas
1879 - O Pão de Ouro
1883 - Folhas de Outono
1883 - Rosaura, a Enjeitada
1905 - O Bandido do Rio das Mortes
