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[DVD] Filme: Um Copo de Cólera - 1999

Título: Um Copo de Cólera
Gênero:
Drama
Duração:
70 minutos
Lançamento: 1999
País: Brasil
Direção: Aluízio Abranches
Elenco: Alexandre Borges, Julia Lemmertz, Ruth de Souza, Linneu Dias Marieta Severo...

Baseado na obra de Raduan Nassar.













INFO:
Filme Extraído de DVD Original.
Dispomos Tambem do DVD Original.
Um Copo de Cólera, a segunda das três expressivas obras do autor de A Lavoura Arcaica, fora publicada em 1978, ano ainda profundamente marcado pela repressão da ditadura militar. Nesta época, é então eleito para a presidência da república o general Ernesto Geisel, que restaura o habeas-corpus e trabalha para a democracia no Brasil, cessando de vez o AI-5, o ato inconstitucional mais cruel da história.
Através desta sumária contextualização histórica, pode-se vislumbrar uma introdução à novela de Raduan Nassar, uma perspectiva pós-modernista de extravasamento humano sob a qual foi desenvolvida. O alcance da verborragia literária canalizada pelos instantes descritos de silêncio e pela força das palavras, vai ao extremo das sensações de vazio existencial.
A relação amorosa é abrangida em sua fundamentação no plano sexual, é na cama que ocorrerá a liberação dos instintos reprimidos pelas convenções da sociedade. A incomunicação dos personagens que compõem a trama se dá na catarse rompida por um acontecimento externo banal. Com estes e mais outros aspectos, pretende-se tecer uma análise desta novela de Nassar, com cuja maestria a compôs em apenas quinze dias.

“Eu devia cumprimentar a pilantra, não tinha o seu talento, não chegava a isso meu cinismo, fingir indiferença assim perto duma fogueira, dar gargalhadas à beira do sacrifício, e tinha de reconhecer a eficiência do arremedo, um ligeiro branco me varreu um instante a cabeça, senti as pernas de repente amputadas, caí numa total imobilidade(...).”

O retrato da crise conjugal brasileira é pintado por Raduan Nassar nesta obra não como mero desacerto romântico, mas com o teor causticante perpassado na época mais violenta da ditadura. Pode-se concluir, portanto, que se trata de uma literatura engajada pelas idéias de liberação individual, além de ousada quanto aos recursos lingüísticos, da imagística e de um psicologismo repleto de nuanças febris das mentes conflitantes.
Aqui o ser humano é desnudado sem censura, há sim a busca pela identidade através de jogos com o simulacro e, tão somente sob o jugo de uma ânsia de marginalização é que se pode ir de encontro a qualquer forma de poderio absoluto. A/V: Digital. Com extras.





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